genealogiacapef

Notícias de esportes e jogos

Pioneiros de Conventos

Livro conta a história das primeiras 68 famílias de Conventos que deram origem a Lajeado

“Pioneiros de Conventos”, do historiador e ex-prefeito de Forquetinha Waldemar Richter
e do jornalista Heinz Schmidt, será lançado nesta quinta-feira, juntamente com um
monumento em homenagem aos precursores da cidade.

Na próxima quinta-feira (29.11.2018), será lançado um livro e inaugurado um monumento em homenagem aos pioneiros do Bairro Conventos — aqueles que deram origem, em 1861, ao município de Lajeado, em um pequeno povoado de 68 famílias na Fazenda dos Conventos.

Os lançamentos ocorrem às 10h, no Urban Center, com a presença do cônsul da República Federal da Alemanha. Com formato que remete a um navio veleiro, o monumento apresenta os nomes dos casais, com informações como data e local de origem, dos imigrantes alemães e teuto-brasileiros que se radicaram na colônia antes de agosto de 1861.

O livro “Pioneiros de Conventos”, com 112 páginas, do historiador e ex-prefeito de Forquetinha Waldemar Richter e do jornalista Heinz Schmidt, é um trabalho de pesquisa que apresenta sínteses genealógicas e biográficas de cada uma dessas famílias. A iniciativa resgata o início da colonização alemã em Lajeado e traz informações sobre quem eram os pioneiros, de onde vieram, quantos filhos tiveram e para onde foi sua descendência. O texto introdutório, sobre os primórdios da colonização de Conventos, é de autoria do pesquisador e professor Lucildo Ahlert.

Richter e Schmidt tiveram como ponto de partida para o livro o “mapa estatístico” da empresa colonizadora Baptista Fialho & Cia — um relatório enviado ao governo da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 1861, que detalha atividades de colonização na margem direita do Rio Taquari. O material traz informações sobre a produção agrícola e uma relação das primeiras 68 famílias instaladas no incipiente núcleo colonial que daria origem ao município de Lajeado.

Conforme os autores, a maior dificuldade foi o fato de que, em vários casos, os sobrenomes lançados no “mapa estatístico” apresentavam erros de grafia, o que dificultavam a identificação do pioneiro. “Passaram-se meses, por exemplo, até que se conseguisse apurar quem era o francês José Liscktleiene (sic), número 64 da lista”, diz a introdução da obra.

Além das informações da empresa, a busca estendeu-se a registros eclesiásticos católicos e evangélicos, registros civis, fontes bibliográficas e outras. “Em alguns casos foi como encontrar agulha em palheiro”, diz Schmidt. Foram dois anos de trabalho e pesquisa para a escrita do livro.

Segundo Schmidt, os primeiros colonos chegaram entre os anos 1854 e 1855 a Conventos. Em 1859, havia por volta de 17 famílias. “Logo em seguida vieram outros”, destaca.
Leia a introdução do livro “Pioneiros de Conventos”:

No segundo semestre de 1861, há quase 160 anos, a empresa Baptista Fialho & Cia. encaminhou um relatório ao governo da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul detalhando suas atividades de colonização na margem direita do Rio Taquari. Datado de 24.08.1861, a empresa anexou um “mapa estatístico da Fazenda dos Conventos” com informações sobre a produção agrícola e, o mais importante, uma relação das primeiras 68 famílias instaladas no incipiente núcleo colonial que daria origem ao município de Lajeado. Quem eram essas pessoas? De onde vieram? Quantos filhos tiveram? Onde e quando faleceram?

A busca de respostas para essas indagações foi o que motivou esta obra. Um trabalho de pesquisa já no início marcado por obstáculos, porque em vários casos os sobrenomes lançados no “mapa estatístico” apresentavam erros de grafia que dificultavam a identificação do pioneiro. Passaram-se meses, por exemplo, até que se conseguisse apurar quem era o francês José Liscktleiene (sic), número 64 da lista.

Informações que os autores já possuíam em seus arquivos e bancos de dados genealógicos pessoais deram o embasamento inicial à obra. A busca estendeu-se, na sequência, a registros eclesiásticos católicos e evangélicos, registros civis, fontes bibliográficas e outras. Não poucas vezes emergiram datas e informações conflitantes ou desencontradas, diante das quais foi preciso discernimento para enveredar por um ou outro caminho. Poucos foram os casos, devido à carência de dados, em que não se conseguiu avançar o suficiente para traçar um perfil biográfico mais completo do colono.

Muito importante foi a colaboração de colegas genealogistas e pesquisadores de história da imigração alemã, que forneceram informações valiosas e ajudaram a dirimir uma série de dúvidas pontuais. O resultado aí está. São os pioneiros instalados em Conventos até agosto de 1861. Alguns não permaneceram na colônia. Outros chegariam nos anos seguintes. Este livro não tem a pretensão de ser uma obra conclusiva. Pode ser complementado, a partir de novas descobertas, em vários aspectos.

Muitos moradores de Conventos haverão de encontrar nestas páginas os ancestrais que um dia aqui se estabeleceram trazendo seus usos e costumes, seu espírito comunitário e, sobretudo, sua vocação para o trabalho. Não só eles, mas também descendentes que ao longo do tempo tomaram – mais uma vez – o caminho da migração, espalhando-se pelos três Estados do Sul, enveredando pelo Centro-Oeste e pela Amazônia e ainda cruzando fronteiras com destino às colônias teutas da Argentina e do Paraguai.